segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Leitura dramática

Dias como o de hoje, fazem passar um filme na minha cabeça. Cenas da vida real gravadas ao vivo: sendo editadas, dirigidas e preenchidas com efeitos como flashback por alguém como eu, a observar e estranhar, a estranhar-se e a observar.
Um quebra-cabeça começa a ser montado. Até então não há nada além de dois homens se embolando no meio da rua e poucas frases significativas:

  • Cadê a foto?
  • Não vá embora, quero falar com você.
  • O que? Você está pedindo desculpas a eles por algo que você provocou? Você está me colocando como vilão?
  • - Gente pelo amor de Deus me ajuda! Gente ele está com as minhas coisas! Pelo amor de Deus!

Dois homens que se amam.
Isso é tudo pessoal, este é o roteiro.

*Por que ser assim tão sensível??? E um estava com medo?? Por que?

Provavelmente não é a primeira vez que esta cena é rodada. O perigo, o rebuliço, o instinto, a força do homem que é sensível!
As mãos atadas, o não saber como agir, como interferir, e, se, ferir? Só queria ajudar. E dar o abraço que ficou no mundo das idéias. A vontade de expandir, de interagir! Tudo idéial.
Fugindo ao foco da câmera: a troca de olhares, a cumplicidade de quem se conhece .


"Eu posso te ver"

*E o controle onde fica? Caramba! Se aquela viatura parasse? Arriscar-se e ao outro, até o fim!
Que intensidade meu Deus!

...